Depoimento: Janine Marinho Dagnoni

“Quando iniciei o curso de Especialização em Terapia Cognitiva no ITC, eu tinha alguns pensamentos que me colocavam em dúvida se a abordagem era realmente eficiente e se seria necessário toda a estrutura ensinada no curso e nos livros.

No decorrer do processo, porém, quando os estágios iniciaram, pude perceber os motivos de tal ênfase. Apesar da minha pouca experiência, pude perceber que sempre que seguia minha crença de que não precisava de tanta estrutura e deixava a sessão fluir mais livremente, logo a frente percebia que isso causava um impacto negativo no processo clínico e que já não tinha como voltar atrás.

Então, nesses momentos, confirmava que deveria ter atuado conforme diz a estrutura. Só que, depois que passa, já não adianta mais. Nesse sentido, o "erro" me levou a um fortalecimento na crença de que o processo é eficaz conforme é ensinado, e passei, cada dia mais, a crer que a forma do processo e toda a sua estrutura é que realmente garantem o resultado proposto pela Terapia Cognitiva.

Quando deixamos a estrutura de lado, já não podemos mais garantir que a evolução do caso se deve ao processo que a TCC prescreve, mas quem sabe a qualquer outro fator, que pode nem ter sido pensado pelo terapeuta, o que dificulta a garantia de eficiência e o alcance das expectativas do paciente.

Em resumo, minha experiência atual tem-me estimulado a estudar cada vez mais a fundamentação e a estrutura do processo, no intuito de desafiar minhas crenças a respeito dela e aumentar minha aderência ao manual, dessa forma, garantindo a eficácia e a minha motivação para seguir a verdadeira TCC._”